sábado, 21 de setembro de 2019

Carta dos direitos dos micróbios! Por Simona Cella

O diferente dá medo, e ainda mais quando o diferente é infinitamente pequeno, produz inclusive terror, porque resulta em incontrolável.
Frequentemente o ser humano responde à diversidade com uma arrogância violenta e manipulação.
Ocorre inclusive com os outros seres humanos, somente por pertencerem a outra raça, religião ou ideias políticas, por diferenças de sexo ou escolhas sexuais, porque estão doentes ou têm alguma incapacidade, porque são velhos ou pobres… São tratados, por algum tipo de perversão mental como seres inferiores ou inimigos, somente porque são diferentes.
Ocorre também com os animais, que se dividem inevitavelmente em duas categorias: animais úteis e inúteis. No primeiro caso escravizando-os,  torturando-os e matando-os: no campo da alimentação, no trabalho, no âmbito esportivo ou sanitário… e, em certo sentido, no campo afetivo também.
E aos animais considerados inúteis simplesmente o eliminamos barbaramente.
 A mesma coisa ocorre também com os micróbios: com os fungos, as bactérias e os vírus consideram eles responsáveis pelas doenças, e portanto os exterminamos.
PREMISSA
 Considerando que:
  • Todos os animais têm direitos, portanto também os micróbios os têm, e ainda mais existiam antes do nascimento do homem!
  • Graças ao projeto internacional que catalogou o Microbioma Humano, hoje está oficialmente reconhecido que um corpo humano SÃO, é considerado sem nenhum tipo de dúvida um zoológico ambulante. Foi verificado que nosso corpo hospeda milhões de milhões de microrganismos… um número muito superior à quantidade de células que formam nosso organismo.
  • Foi constatado com este mesmo estudo que o microbioma contribui à sobrevivência humana com um maior número de genes relativos aos genes do próprio homem. Isso significa que os micróbios são indispensáveis para a sobrevivência de qualquer forma vivente.
  • A relação entre os micróbios e os seres humanos é de simbiose. A função específica disso é de permitir a sobrevivência do homem. Destruindo-os em modo desconsiderado, o homem cumpre um crime contra si mesmo e, de fato, um crime contra a sobrevivência do mundo.
  • Dado que o extermínio é efeito da ignorância, há que educar o homem a observar, estudar, conhecer, compreender e respeitar a necessária função das bactérias, tanto em nosso corpo com no de todos os seres.

CARTA EM DEFESA DOS DIREITOS DOS MICRÓBIOS
Artigo 1
Todos os animais, incluindo os micróbios, têm o direito de serem conhecidos e respeitados em seu próprio equilíbrio e em sua própria existência.
A informação que guardam é de importância vital.
Portanto é importante que sejam difundidos em todos os níveis: nas escolas – desde o primário até a universidade – na saúde e através dos órgãos de meios de comunicação.
Artigo 2
O homem tem o dever de observar o comportamento dos micróbios com a mente clara, de estudar as funções e as correlações específicas com os tecidos do organismo, sem demonizá-los nem explorá-los, com o único objetivo de criar benefícios para as empresas farmacêuticas.
Artigo 3
Como todos os animais, os micróbios são simbióticos no ambiente em que vivem, o que inclui também o corpo humano. Os micróbios aumentam em número – proliferam – somente baixo à ordem do cérebro.
Faz para apoiar e sustentar o órgão do nosso corpo que está respondendo biologicamente a um estímulo emotivo, um evento violento e inesperado, para ajudá-lo a voltar a um estado de normalidade.
Artigo 4
Todos os animais, incluso o micróbio, têm o direito de viver e de crescer segundo o ritmo e as condições de vida próprias da sua espécie.
Será, portanto, trabalho do ser humano tratar de não manter ou recair continuamente no mesmo problema, com o resultado de aumentar um desequilíbrio que produzirá consequências desastrosas:
  • Um hiper trabalho e uma hiper proliferação dos micróbios que, os fazem demasiadamente numerosos, serão exterminados com intervenções químicas.
  • Dores, aborrecimentos, coceira e inchaço no órgão que foi ativado, mal estar as vezes insuportável para o ser humano.
Artigo 5
Nenhum animal, nenhum micróbio poderá ser gratuitamente exterminado com bombas de antibióticos, sobre tudo em nome de uma arrogante e não comprovada prevenção, ao menos que não seja absolutamente necessário.
Cada ato que envolve a matança de um animal sem necessidade é um biocídio, isso é um delito contra a vida. Cada ato que envolve a matança de um grande número de animais é um genocídio, quer dizer, um delito contra a espécie.
Nota: A carta dos direitos dos micróbios foi inspirada na carta dos direitos dos animais.

APRESENTAÇÃO
Nós somos Os Micróbios
Vivemos dentro de vocês e contribuímos para que possa se manter vivo.
Pedimos perdão se de vez em quando o criamos problema, mas a natureza não nos deu mãos para escrever cartazes e avisá-los quando estamos “realizando trabalhos”.
Mas deveria saber que estamos trabalhando por e para vocês.
A natureza nos criou para permitir a vida e a evolução deste planeta, e já que até o dia de hoje poucos entenderam nossa função, decidimos que agora nós vamos explicar pra vocês.
Nós não somos inquilinos que vivem em seus tecidos de forma  desorganizada: quando perceberem nossa existência, é porque você nos recrutou/chamou!
Cada vez que vive uma situação forte e inesperada, é seu cérebro que ativa instantaneamente o corpo para enfrentá-la.
Ele é o que informa quais de nós vive em simbiose com o órgão que foi ativado de forma que possamos ajudar.
Temos que estar preparados e ser um número suficiente que resolverá seu problema, para poder ajudar o órgão e levá-lo a um estado de normalidade.
Estamos todos especializados e desempenhamos diversas funções!
– Nós Fungos e Micobactérias
 Vivemos em simbiose com alguns tecidos do seu corpo, os mais antigos. Temos a função de destruir as células que você construiu mais do que devia em um momento em que havia a necessidade de fazê-lo.
E como vocês não aumentaram aleatoriamente as células em um órgão, vocês fizeram isso para obter a vantagem de uma maior produção de saliva, suco gástrico, lágrimas… nós também nos reproduzimos com base em uma lógica.
Em fato, nós, os fungos e micobactérias, proliferamos em um modo numericamente apropriado quando as células que cresceram demais em seu órgão já não forem mais necessárias: nós estamos aí, preparados para destruí-las, caseificá-las, como fazemos para ajudá-los a produzir queijo.
Graças à nossa intervenção, ao final, o tecido que cresceu demasiadamente será eliminado, e tanto o tecido como a função do órgão ativado voltarão à normalidade.
Temos que advertí-los de uma coisa:
Não é uma escolha nossa se às vezes se nos tornamos demasiadamente numerosos e produzimos desconfortos em vocês. Nós respondemos a uma chamada emotiva, e se nos ativa várias vezes por muito tempo, isto irá produzir sintomas em vocês. Mas nos conter é uma responsabilidade sua, nós não decidimos nada, simplesmente seguirmos ordens.

Nós as bactérias
 Vivemos em tecidos diferentes que os fungos e as micobactérias, porque temos uma função diferente à deles.
Cooperamos entre nós e nos ativamos para ajudá-los a reconstruir um tecido anteriormente destruído, como por exemplo, para reparar um osso ou um músculo.
Nós, da mesma forma que acontece com nossos colegas, os fungos e as micobactérias, aumentamos em número quando vocês nos chamam.

Nós, os vírus…
Para os seres humanos somos o elemento mais desconhecido e mais temido… Afirmam que nos conhecem e inclusive isolaram muitos de nós, nos individualizando como a causa de doenças aterrorizantes: mas nada do que dizem é verdade.
Pensam que somos perigosos desde o século XIX, sem nem sequer podemos observar realmente nem cultivamos, deduziram nossa existência depois de terem observado com um microscópio ótico células provenientes de organismos vivos doentes, e portanto de células em decomposição.
Aproveitaram-se da ignorância da maioria, divulgando imagens nossas coloridas com a palavra PROCURA-SE, mas essas imagens são somente reconstruções rasteiras feitas com o computador.
Os cientistas de fato confirmam que:
Somos, somente fragmentos de DNA e RNA (material genético) de proteínas complexas com membrana lipídica, presentes também nas células, que não possuímos um metabolismo próprio e que não podemos produzir, nem armazenar, energia.
Tudo isso significa que não temos as características suficientes para sermos definidos como seres vivos: não podemos nem nos reproduzir, nem nos alimentarmos e nem nos movermos.
As bactérias e os fungos podem ser cultivados em terrenos de cultivos, mas nós não, precisamente porque não estamos vivos.
Portanto, para “identificar-nos” você utiliza tecidos animais, compostos celulares, que são tratados para serem desintegrados. A suspensão obtida é filtrada e centrifugada novamente usando diferentes metodologias.
O resto das células moribundas são definidas como terríveis vírus!
 Hoje em dia, para “nos fotografar” utilizam uma máquina fotográfica com laser de elétrons livres (Linac Coherente Light Source ou LCLS) e um laser de raios-X duros (a longitude de onde de 0.1 nanômetro).
Agora estamos informados… Mas vocês sabem o que acontece durante essa operação?
Nada, além de ao ser tocado pelos raios da máquina fotográfica, EU, vírus, me desintegro, pobre de mim! Por sorte utilizam uma máquina ultra-sofisticada, que é capaz de pegar os maiores dados possíveis em uma fração de um nanossegundo.
Quer saber do que se trata?
 A informação captada é apenas suficiente para reconstruir minha imagem, quer dizer, o aspecto exterior de uma proteína complexa. O que não pode é registrar o que há por trás da minha forma,  nem quais são as minhas funções.
E, até o dia de hoje, das centenas de vírus que foram expostos aos raios X, somente dois produziram dados suficientes para serem desenhados, portanto do resto de nós você nem sequer tem uma foto de reconhecimento.
Como pode nos acusar se nem sequer nos conhecem?
CONTINUAMOS AFIRMANDO CATEGORICAMENTE NOSSA INOCÊNCIA COM RESPEITO A TODAS AS ACUSAÇÕES DE CRIMES!
E nós decidimos dar-lhes voz.
 Projeto: Simona Cella

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

origem dos seres vivos

domingo, 15 de setembro de 2019

como surgiu o oxigênio na terra

Como surgiu o oxigênio na Terra? Ciência busca pistas de 'evento-chave'

SPLDireito de imagemSPL
Image captionAssim cientistas imaginam que a Terra fosse antes do surgimento do oxigênio
Se você pudesse construir uma máquina do tempo e voltar ao passado distante da Terra, teria uma surpresa desagradável: não seria possível respirar. Sem a ajuda de equipamentos, você asfixiaria em questão de minutos.
Isso porque durante a primeira metade da vida de nosso planeta não havia oxigênio na atmosfera. O gás tão fundamental para a vida como conhecemos surgiu há apenas cerca de 2,4 bilhões de anos.
O "Grande Evento da Oxidação" foi uma das coisas mais importantes a acontecer neste planeta. Sem ele, jamais poderia haver animais respirando oxigênio, como insetos, peixes e, certamente, humanos.

'Tapetes'

Por décadas, cientistas trabalharam para entender como e por que o oxigênio surgiu. E eles suspeitam que a própria vida foi responsável por criar o ar que respiramos.
As mais recentes descobertas sugerem que a vida passava por uma tremenda transformação antes da "Grande Oxidação". Um salto evolucionário que ajuda a explicar o que conhecemos hoje.
Formada há 4,5 bilhões de anos, a Terra, na época da Grande Oxidação, já era habitada. Mas apenas por organismos unicelulares. Não está exatamente claro quando a vida começou no planeta, mas os fósseis mais antigos desses microrganismos datam de pelo menos 3,5 bilhões de anos atrás. Isso sugere que a vida já existia na terra há quase 1 bilhão de anos antes da "Grande Oxidação".
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AlamyDireito de imagemALAMY
Image captionA grande oxidação transformou para sempre a vida na Terra
Essas formas de vida simples são as grandes suspeitas do surgimento do oxigênio. Um grupo em particular se destaca: as cianobactérias. Esses microrganismos hoje em dia são conhecidos por formar "tapetes azuis ou verdes" em lagos e oceanos.
Suas ancestrais inventaram um truque que se tornou adotado por muitas outras espécies. Desenvolveram uma forma de tirar energia da luz do sol e usá-la para produzir açúcares da água e do dióxido de carbono.
O processo é conhecido como fotossíntese e hoje é a forma como todas as plantas do mundo de alimentam. Aquela árvore na esquina de sua casa está usando o mesmo processo químico desenvolvido por cianobactérias há bilhões de anos.
Do ponto de vista das bactérias, fotossínteses têm uma inconveniência: produzem oxigênio como dejeto. O gás em nada serve para elas, que então o liberam para o ar. Sendo assim, a explicação para a "Grande Oxidação é simples": cianobactérias bombearam oxigênio "rejeitado" para a atmosfera, transformando a Terra.
Mas se isso explica por que surgiu o oxigênio em nosso planeta, ao mesmo tempo não explica quando. Cianobactérias já habitavam a Terra bem antes da "Grande Oxidação", segundo especialistas. "Elas estão provavelmente entre os primeiros microrganismos que tivemos neste planeta", diz Bettina Schirrmeister, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Cientistas afirmam que já havia cianobactérias há pelo menos 2,9 milhões de anos, devido a evidências da existência de "bolsões" isolados de oxigênio. Isso significa que as cianobactérias já bombeavam o gás pelo menos meio bilhão de anos antes de ele surgir na atmosfera. Como?
Uma explicação é que uma série de elementos em volta - possivelmente gases resultantes da atividade vulcânica - reagiram com o oxigênio e o "eliminaram". Schirrmeister, porém, afirma que pode ter sido uma questão de eficiência na produção das cianobactérias. "Alguma inovação evolucionária nas cianobactérias as ajudou a ter mais sucesso e importância no ecossistema".
NPLDireito de imagemNPL
Image captionExistem diversos tipos de cianobactérias
Algumas cianobactérias mais modernas fizeram justamente isso: enquanto a vasta maioria das bactérias é unicelular, as cianobactérias são multicelulares. Células individuais se uniram para formar filamentos, como vagões de trem.
E vão além: algumas produzem células especializadas, uma versão simplificada do que acontece, por exemplo, com animais, que têm células especializadas para músculos, nervos e sangue.

Descendentes

Schirrmeister acredita que a multicelularidade pode ter sido um marco para os antepassados da cianobactérias, oferecendo vantagens. Nos anos mais primitivos da Terra, organismos unicelulares viviam em camadas lamacentas, que os cientistas chamam de tapetes.
Em cada um desses tapetes poderiam estar diversos tipos de cianobactérias junto com vários outros vizinhos. Uma cianobactéria multicelular teria uma vantagem clara para rivais: mais facilidade para se prender a rochas e resistir a movimentos.
Bactérias multicelulares modernas também se movimentam por seus tapetes, o que sugere uma habilidade também compartilhada com bactérias primordiais. Isso pode ter sido uma vantagem na luta pela sobrevivência. Em uma época que a terra não tinha a Camada de Ozônio, o planeta era bombardeado com radiação ultravioleta do sol.
"Em formações modernas, cianobactérias mudam de posição para se proteger dos raios solares. As cianobactérias multicelulares podem ter desenvolvido a habilidade de se posicionar de maneira ideal no tapete".
A ideia é interessante, mas para isso as cianobactérias tiveram que evoluir para organismos multicelulares antes da "Grande Oxidação". Schirrmeister passou os últimos anos tentando determinar quando. A pista está nos genes das bactérias. Examinando os genes compartilhados por espécies de cianobactérias e identificando pequenas diferenças entre eles, Schirrmeister construiu uma espécie de árvore genealógica das criaturas.
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Image captionPlantas usam a luz do sol para fabricar açúcares, processo conhecido como fotossíntese
A partir dali, ela concluiu, em estudo publicado em 2011, que a maioria das cianobactérias modernas descende de ancestrais multicelulares. Isso sugeriu que a multicelularidade é antiga, mas ainda não havia uma data.
Em um segundo estudo, publicado em 2013, Schirrmeister argumentou que a multicelularidade ocorreu pouco antes da "Grande Oxidação", quando as cianobactérias estavam se diversificando rapidamente. Em um terceiro estudo, com base em análises de 756 genes presentes em todas as espécies de cianobactérias, Schirrmeister finalmente estimou que a multicelularidade ocorreu por volta de 2,5 bilhões de anos atrás - antes da "Grande Oxidação".

Evolução

Mesmo que esses resultados sejam confirmados, ainda restam duas grandes questões. A primeira: a evolução realmente ofereceu vantagens às cianobactérias? Não podemos saber, mas podemos descobrir por meio de testes com cianobactérias modernas unicelulares e multicelulares em diferentes condições.
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Image captionCertos tipos de cianobactéria se organizam em uma espécie de "barbante"
A segunda pergunta é mais complicada: por que as cianobactérias demoraram tanto para desenvolverem a multicelularidade? Se essa condição lhes dava vantagem, por que não evoluíram mais cedo e detonaram antes a "Grande Oxidação"?
"Nosso próximo passo é descobrir quais genes são responsáveis pela multicelularidade nas cianobactérias", diz Schirrmeister. Se muitos genes forem necessários para a mudança, é compreensível que cianobactérias tenham demorado para evoluir.
Qualquer que tenha sido a causa, a verdade é que a "Grande Oxidação" foi um dos mais importantes eventos na história da Terra. Mas não foi uma boa notícia para todos: na verdade, foi péssima para os então habitantes do planeta.
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Image captionAnimais mais complexos não poderia existir sem oxigênio
"O oxigênio deve ter sido letal para muitos tipos de bactérias e podemos presumir que houve grande mortandade", explica a cientista.
A longo prazo, porém, a oxidação permitiu que um novo tipo de vida evoluísse. O oxigênio é um gás reativo - é por isso que alimenta chamas - e, quando alguns organismos aprenderam usá-lo, passaram a ter acesso a uma nova fonte de energia.
Ao respirar oxigênio, organismos ficaram mais ativos e puderam crescer mais. Ao ir além da simples multicelularidade desenvolvida pelas cianobactérias, alguns organismos ficaram mais complexos: viraram plantas e animais, de esponjas e vermes a peixes. E, por fim, humanos.
Se Schirrmeister estiver correta, as primeiras cianobactérias multicelulares podem ter sido o gatilho da evolução da vida mais complexa na Terra.
Nada mal para um bando de micróbios...